Dicas para iniciar seus estudos de Tarô — Parte 3 de 3

Como iniciar os estudos do Tarô?

Dicas são importantes para quem está começando e para começar eu sempre recomendo dar uma atenção maior aos Arcanos Maiores no início dos estudos, pois estamos falando de setenta e oito cartas no total. Focar em vinte e duas cartas de início torna o aprendizado menos cansativo.

Olhe para os Arcanos Maiores e procure observar cada elemento presente que faz de cada carta, única.

1. É um homem ou uma mulher?
2. Está em pé ou sentado?
3. Como são suas roupas?
4. Possui movimento ou é parado?
5. Para onde leva sua visão?
6. Quais são os ornamentos?
7. O que esses ornamentos significam?
8. Como é o ambiente ao redor?

Essas são algumas de tantas outras perguntas que poderá responder ao observar um Arcano e acredite, você irá se surpreender sempre ao encontrar algum símbolo que em um primeiro momento não deu atenção.

Todas essas análises são feitas naturalmente em nosso cotidiano em relação ao ambiente ao nosso redor, por essas e por outras, que muitos acreditam que apenas pela intuição irá interpretar as cartas do Tarô. Aqui não estou para questionar sobre a capacidade que você acha possuir ou não, mas sim em dar um direcionamento para todos que estão iniciando no Tarô e querem desenvolver sua interpretação, unindo estudo para poder confiar cada vez mais em seus insights.

Interpretação

Os símbolos são a linguagem do nosso inconsciente, alguns terão maior facilidade que outros de início, porém até um dom pode ser aprimorado ao ser exercitado.

“Todos temos o potencial de aprender a ler o Tarô (O Mago). Basta nos dedicarmos aos estudos dos seus símbolos e segredos (A Sacerdotisa), para podermos desenvolver essa habilidade. Com isso, expandir nossa maneira de criar (A Imperatriz), construir uma base sólida (O Imperador) e podermos fazer dessa habilidade algo bom não apenas para nós como também para o próximo (O Papa).

Aprender que tudo é uma questão de definir o que é prioridade (Os Enamorados), para podermos seguir na direção daquilo que desejamos com garra, coragem e determinação (O Carro), sabendo aplicar corretamente aquilo que aprendemos (A Justiça) e atingindo cada vez mais sabedoria através da prática (O Eremita).

Sabendo que a vida sempre irá nos apresentar novos desafios (A Roda da Fortuna), a qual continuaremos firmes (A Força) sempre prontos a nos entregar de coração (O Pendurado) para as transformações ocorrerem (A Morte) no seu devido tempo (A Temperança). Reconhecendo nossas sombras (O Diabo) e máscaras (A Torre) para podermos ir cada vez mais em direção de nossa essência (A Estrela). Um processo interno de autoconhecimento (A Lua) que traz mais clareza (O Sol) para alcançarmos um novo estado de consciência (O Julgamento) e termos uma conexão mais profunda com tudo ao nosso redor (O Mundo). Tudo isso, para que logo em seguida, tenhamos um novo recomeço (O Louco), pois a Jornada está apenas começando.”

Marcelo Costa Menezes

No Tarô não é necessário dom, basta estudo, dedicação e perseverança.

O texto acima é um pequeno exemplo de contextualização dos Arcanos no sentido do aprendizado do mesmo.

Contexto

Os símbolos são a porta de entrada para desvendar o Tarô. Seu significado é abrangente e se adapta conforme o contexto aplicado sem perder sua essência original.

Um dos maiores desafios de quem está iniciando seus estudos no Tarô, é não se prender em palavras-chave, mesmo que elas tenham uma importância de início, pois através delas começamos a criar frases e interpretações simples.

Essas palavras nos impelem a aprender sua origem, a questionar o significado que possuímos delas e com isso ressignificamos termos que por muitas vezes aplicamos de maneira errada. Aprendemos sinônimos e enriquecemos nosso próprio vocabulário.